sábado, 20 de novembro de 2010

Educação depende do lugar - Entre a linha vermelha e verde




Fico impressionada em como as pessoas se comportam diferente em determinados lugares. Em muitos, são tão educadas e, em outros, acho que um cachorro não adestrado se comportaria melhor. Falo isso, pois ao pegar todas as possíveis linhas do metrô consigo identificar qual será o comportamento de um mesmo individuo em todas elas, vejam só: Como de costume, acordei nessa manhã já pensando em enfrentar o “inferno”, ops... A linha vermelha (É, talvez seja por isso que tenham dado essa cor a linha Corinthians Itaquera – Palmeiras Barra-funda). Enfim, tento não me surpreender mais, mas é indignante a maneira como as pessoas entram no metrô nesta linha. Para variar, a plataforma estava LOTADA, mas tento manter sempre meu bom humor matinal. Sossegada tento me encaixar ao meio da multidão tentando encontrar um espaço para os meus pés, enfim consegui. O metrô chega e meu coração começa a bater acelerado, pois com os gritos penso: e se tem um arrastão aqui? Ok, volto ao meu único foco e objetivo: sentar. Só que começo a reparar em uma cidadã atrás de mim, chamada Carliane. Não sei por qual motivo ela me empurrava tanto, pois não havia mais para onde ir, a não ser para os trilhos. O metrô se aproxima e Carliane começa a me empurrar tanto, que me senti pior do que no show gratuito do aniversário de São Paulo. As portas se abrem e ela é última, assim com eu, mas quer ser a primeira a entrar (espertinha). Empurra, dá chutes, pontapés, cotoveladas e tudo o que você imaginar. Os gritos das pessoas são parecidos com os de alguma guerra no Iraque. Ok, a multidão entra e minha sacola cai no chão, todos começam a chutá-la – inclusive, Carliane (Claro!). Eu desesperada consigo recuperar a sacola (já rasgada, óbvio), e encontro um espaço em pé. Ao olhar para Carliane vejo que a mesma está sentada, sorrindo e feliz. Não sei sorrindo do que. Tudo bem, já estava me sentindo pior do que em uma lata de sardinha. E o metrô andando mais devagar que uma tartaruga, adivinha por quê? Porque para variar aguardava a movimentação do trem a frente. Nem me estresso mais com a lerdeza do metrô, afinal já é normal, me surpreende sim, quando ele anda rápido.

Foco então a minha atenção à conversa da tal da Carliane e ouço-a dizer que trabalha na Av. Paulista. Meus olhos enchem de lágrimas só de pensar em ter que ir com Carliane nas linhas azul e verde. Mas enfim, chegamos à estação Sé – vulgo apocalipse. As pessoas saem desgovernadas, correndo, chego a pensar que será o ultimo metrô a circular no dia. Eis que entramos no metrô sentido Jabaquara. Carliane - assim como as outras pessoas -, correu desgovernada também, mas não tanto quanto na linha vermelha. E, eu penso: Claro, só pode estar cansada, já que gastou todas as suas energias na linha vermelha. Começo a reparar que na linha azul o metrô lota e muito, porém as pessoas não gritam como na linha anterior e conversam em um tom de voz tolerável aos ouvidos. Ah, Carliane até abaixou o volume do seu celular que estava tocando um funk que eu tentei, mas não consegui identificar a letra. Ao se aproximar da estação Paraíso, já estava cansada e descabelada com tanto empurra e empurra. Logo descemos e percebi que as mesmas pessoas que pegaram o trem comigo desde a estação Itaquera estavam andando devagar, conversando em tom civilizado e Carliane até mesmo desligou o seu celular, pois como a mesma disse a sua amiga: - Aqui não pode!

Como não pode? Pensei eu. É uma linha do metrô como todas as outras, não é? O metrô se aproximou e Carliane deu a vez de entrar para uma senhora de mais idade passar. E eu já sem entender mais nada desci na estação Consolação, indignada por perceber que as pessoas se comportam bem onde lhes convém e que a educação é determinada pelo lugar onde estamos. Bons eram os tempos que vinham de berço. Mas eu não me surpreendo, porque amanhã é outro dia e sei que encontrarei outras milhares de Carlianes.

sábado, 8 de maio de 2010

"Digam o que disserem, o mal do século é a solidão", Renato Russo.

Acredito que por mais que tenhamos nossas decepções, temos medo de terminar nossos dias tricotando meias para os sobrinhos e netos. Queremos ser independentes, curtir a vida " a doidado", ter liberdade sempre. Porém, até mesmo a liberdade não faz sentido em alguns momentos, tanta liberdade para que? É bom ter para quem voltar. Sentimos falta de ''sentir". Não somos robôs, somos humanos. Necessitamos de contato, e até aqueles com coração de "pedra", em algum momento param para pensar em como faz falta andar de mãos dadas (ou como seria isso). Parece brega, ultrapassado, mas é a pura verdade.

Quando se trata de "amor, amar...apaixonar", criamos uma espécie de bloqueio anti-felicidade. Talvez seja o reflexo das decepções passadas. As pessoas sofrem uma vez e se privam de tentar ser feliz novamente. Por medo ou por falta de coragem de arriscar.

Entrar em um novo relacionamento para quem teve um coração ferido, significa:

APAIXONAR + DECEPCIONAR x SE MAGOAR = SOFRER MAIS UMA VEZ

Calma!

É mágico apaixonar-se.

Há muito tempo, acreditava no amor a primeira vista, mas esse tipo de amor, não pode ser visto como amor (não a meu ver), isso é paixão. Essa sim é perigosa. Porque paixão é momentânea, e os momentos passam. O que esta quente agora, nos próximos segundos estará quase gelado. Assim, é a paixão tão perigosa. Da mesma maneira que ela acende de forma avassaladora os sentimentos dentro da gente, ela se vai como uma brisa leve. E, na maioria das vezes, um sai ferido na história, por acreditar que seria eterno. Mas quem disse que não foi eterno?

Como diria a boa e velha frase de Vinícius de Moraes, "Que seja eterno enquanto dure". Foi eterno até um certo momento, não tem por que descartarmos todas as nossas próximas fichas por causa de uma decepção passada.

O amor dura o tempo para ser inesquecível. Amor, é convivência, vem de onde a gente menos espera...é um mix de sentimentos, acompanhado de companheirismo.

Você pode se achar inteligente, esperto...e todos os adjetivos possíveis que levante seu ego e o deixem mais perceptível e esperto. Mas quando se trata de amar, somos burros, praticamente ignorantes. Deixamos pessoas especiais passarem, pela falta de coragem de tentar.

Um dos estados mais bonitos do ser humano, é quando se esta apaixonado. Faz a gente sentir-se vivo, as coisas parecem ter um sentido maior.

As baladas estão cada vez mais cheias e os sites de relacionamentos também. São os extremos se contradizendo. As pessoas estão cada vez mais amarguradas, mais fechadas. Ao mesmo tempo que se privam de relacionarem, no fundo querem ter alguém! Dá para entender?

Se sentir falta dessas coisas é ser brega ou estar fora da "moda", depois de tanto tempo, reconheço estar extremamente ultrapassada.

domingo, 2 de maio de 2010

"Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito"

Para iniciar meu primeiro post no blog, pensei em algo motivante ou no mínimo relevante. Hoje, acordei com a seguinte frase na cabeça " Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito", vocês sabiam que esta é uma frase bíblica? É o que esta escrito na carta de Laodicéia, citada no Apocalipse. Segundo textos sobre Laodicéia, a igreja não refletia o seu verdadeiro estado, mentia para si e para os outros, se mantia com base nas aparências e permanecia em estado morno, vivendo uma realidade que não existia, o que causava enjoo ao Senhor.

Refleti sobre isso, não fazia ideia de que se tratava de uma citação bíblica. Sou católica e tal. Mas, não tenho frequentado muito, tenho analisado as diferentes religiões. Acho muito bonito a fé em si, independente da doutrina seguida. Acredito que pessoas juntas em um mesmo lugar, unidas por um mesmo propósito, de "orar, rezar e etc", é sempre bom.

Com base nisso, acredito que o pior fracasso, é o fracasso do meio termo. Você nem desiste e nem tenta arriscar. Viver a vida no morno ou no meio, é o mesmo que desistir de viver.

Temos sonhos, vontades e necessidades, para alcançarmos nossos objetivos (sejam eles materiais ou não), é preciso ter coragem para arriscar, mesmo que tenhamos decepções pelo caminho, sairemos do meio.

Em muitas vezes tudo parece ser tão difícil, mas sempre vale a pena tentar. Desistir jamais!

Ficar com a boca escancarada cheia de dentes, esperando a morte chegar... não te levará a lugar algum. Tente sempre! Porque a vida passa e o tempo é ingrato, quando você menos espera as oportunidades e pessoas importantes passaram, e só restarão pequenas lembranças de momentos que poderiam ter sido diferentes, se tivesse tentado.

Fica ai meu post da semana e até o próximo!

PS: Obrigada as meninas que deram força a mim e minha família neste final de semana.